segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Escreva uma dissertação em que se posicione a respeito do ensino a distância.



Texto 1 ( fala bem da educação a distância)

A  globalização é um dos elementos que levam à necessidade de um educação permanente, sendo possível que cursos à distância incorporem os avanços tecnológicos. É na perspectiva de massificação da modalidade a distância no Brasil, especificamente no que diz respeito ao ensino pela Internet.

O ensino convencional é o nível de ensino onde professores e alunos se encontram em local específico – unidade escolar), em um horário determinado. A modalidade de ensino a Distância é um processo de ensino-aprendizagem que busca oportunizar ao aluno um aprendizado independente, auxiliado na maioria das vezes por intermédio das tecnologias (internet, wiki, fórum, chat, videoconferência), onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente, descrito por Moran.

A Educação a Distância possui elementos essenciais em sua concepção e forma de aplicabilidade, que são a separação física entre professor e aluno, que a distingue da educação presencial. Também a influência da organização educacional que a diferencia da educação individual; a utilização das NTICs (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) para unir o professor ao aluno e transmitir os conteúdos educativos.

Essa modalidade de ensino permite uma eficaz combinação de estudo e trabalho, garantindo a permanência do aluno em seu próprio ambiente, seja ele profissional, cultural e familiar. O aluno passa a ser sujeito ativo em sua formação (construção do conhecimento) e faz com que o processo de aprendizagem se desenvolva no mesmo ambiente em que se trabalha e vive alcançando assim uma formação entre teoria e prática ligada à experiência e em contato direto com a atividade profissional que se deseja aperfeiçoar.

Ao contrário da educação presencial, na Educação a Distância é você quem decide quando, como e onde estudar (autodisciplina), mas para estudar a distância são necessárias que alguns itens sejam seguidos, como:

• Disciplina para o estudo,
• Organização do aprendizado, evitando o acúmulo de leituras e exercícios;
• Envolvimento como em qualquer curso presencial;
• A participação é vital para a integração e a interação, melhorando os resultados da aprendizagem.

Não existem barreiras para ensinar a distância, é importante compreendermos a EaD como uma dimensão pedagógica que contém em seu desenvolvimento formas de trabalho que se constituem em práticas pedagógicas.

A educação a distância apresenta várias vantagens. Muitas destas se resumem à própria concretização de seus objetivos e estão relacionadas à abertura, flexibilidade, eficácia, formação permanente e personalizada, e à economia de recursos financeiros. Citam-se, então, as várias vantagens desta modalidade de ensino:

• Combinação entre estudo e trabalho.
• Permanência do aluno em seu ambiente familiar.
• Menor custo por estudante;
• Diversificação da população escolar;
• Pedagogia inovadora;
• Autonomia do aluno;
• Materiais didáticos já incluídos no preço;
• Interatividade entre alunos, professores e técnicos de apoio;
• Apoio com conteúdos digitais adicionais;
• Conteúdos desenvolvidos com orientação de aplicabilidade;
• Enfim, a EaD possibilita uma flexibilidade: Onde estudar? Quando estudar? Em que rítmo?

Por isso, ao entendermos os níveis de ensino, que se utilizam da Educação a Distância (EAD) para o seu desenvolvimento, faz-se necessário reconhecer as várias vantagens desta modalidade, pois a educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular, no ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequada para a educação de jovens e adultos (EJA), principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa.
MORAN, José Manuel. Moran: Disponível em: www.eca.usp.br/prof/moran
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/7671/ead-vantagens-da-educacao-a-distancia#ixzz3oOJW13pU



Texto 2 - mais contrário à educação a distância






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A educação em salas de aula, com professores dirigindo-se a muitos alunos, tem cerca de 800 anos. Um modelo cuja aplicação só se ampliou, sendo responsável pela maior parte da educação que hoje recebemos.
A mais recente modificação nessa forma de educar ocorreu no século 20, quando a tecnologia permitiu que alunos muito afastados do ponto em que está o professor pudessem, graças ao satélite e à internet, receber as aulas de forma não presencial. Com séculos de aplicação e grandes resultados, é natural a comparação entre as formas clássica e a distância.
Há algumas diferenças óbvias. Com a educação de longe, o custo tende a ser muito menor, já que se trabalha com uma escala de milhares na sala virtual, contra dezenas na presencial. Essa é uma de suas grandes vantagens. A outra, também inegável, é dar acesso ao melhor ensino sem as limitações impostas pela geografia. Mas nem tudo são vantagens no ensino a distância. Há vários obstáculos a superar e é preciso ver se eles são intransponíveis ou não.
A própria tecnologia necessária para a educação de longe é um primeiro e importante entrave. Boas aulas a distância podem ser prejudicadas –e mesmo inviabilizadas– no processo de captação, edição e transmissão. Elas exigem o mesmo que boas aulas presenciais, e mais qualidade da imagem e do som transmitidos. Além de cuidados na produção, como o enquadramento na tela, os cortes, o ritmo. Fatores como falhas na internet e mesmo condições meteorológicas desfavoráveis podem inviabilizar a recepção remota de aulas.
Suponhamos superadas tais barreiras tecnológicas. Ainda temos outros aspectos a considerar. Por exemplo, a interação entre professor e aluno. Na educação a distância, mesmo com a utilização de vários processos para contornar a dificuldade, não há como fazer uma equivalência plena com o modelo clássico. Na verdade, só professores altamente experientes podem antecipar dúvidas e fazer a distância aulas de grande qualidade e interesse que minimizam muito a falta de interação.
Talvez a barreira mais importante nem seja a falta de interação com o professor. O que pode fazer muita falta são colegas de classe. É na sala de aula clássica, junto a outros alunos, que partilhamos muito de nossa vida. Colegas de classe são nossos confidentes. Trocamos conselhos e dicas sobre coisas da escola e sobre coisas muito pessoais. Perguntamos sobre a melhor opção a seguir e também opinamos. Até sobre a aula trocamos explicações. Não é à toa que os mais permanentes laços –fora da família– são formados entre colegas de classe.
De certo modo, são os colegas que selam nosso compromisso com o estudo. Afinal, quem é o primeiro a perceber nossa falta na sala? Quem é o primeiro a nos cobrar o motivo? Não precisamos de pais ou autoridades para nos colocar na linha, os colegas fazem isso. Espontaneamente e com plena aceitação nossa.
A falta de colegas explica um dos maiores problemas identificado  na educação a distância: o abandono dos cursos em taxas elevadíssimas. É bem mais difícil para o estudante acompanhar a rotina de um curso solitário, frente a uma tela. Sem colegas para cobrar presença, para compartilhar a aprendizagem, para dividir os transtornos e alegrias da vida, o estudante acaba perdendo o foco. E abandona os estudos. 
É um grande problema, mas com solução. Podemos manter colegas por perto, mesmo com o professor a distância. Esse caso ocorre quando as aulas são transmitidas para uma sala de aula e o aluno irá assisti-las junto a outros estudantes. Aulas com presença controlada e horários definidos. Obrigações iguais às de aulas comuns, que geram maior fidelidade do aluno, contam com a atenção dos estudantes e são muito produtivas.
Mesmo com esse modelo, os cursos que geram maior adesão são os de menor duração –como os de preparação para provas e vestibulares. O grande interesse pelas aulas e a possibilidade de resultados mais imediatos são fatores que freiam a desistência e oferecem algo mais próximo daquilo que proporciona a educação presencial.
No ponto final da comparação, mais uma consideração. Presencial ou a distância, ambas as formas podem ser boas ou ruins. Uma e outra dependem da empolgação e do brilho no trabalho dos professores.
Não há educação presencial ou de longe que resista a aulas sem graça, sem entusiasmo. Se a aula é arrastada, apagada, o aluno sempre tende a dormir. A diferença é isso ser ou não notado. Na educação a distância, o sono ocorre discreto, quietinho –longe dos olhos do mau professor.cARLOS bINDI. DIRETOR DO COLÉGIO ETAPA.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

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